9 de outubro de 2016

VII ENCONTRO DE OJÉS, OGANS, TATAS E XII ANIVERSÁRIO DA IRMANDADE SIOBÁ

Este ano o aniversário da Irmandade Siobá teve motivos a mais para tanta alegria e comemoração. Após 12 anos de fundada, pela primeira vez o evento aconteceu de fato dentro de um Terreiro de Asé, onde a Yalorisá Risoleta Fonseca, do Ilè Asé Omin Dolá, e seus filhos, filhas e amigos receberam de braços abertos e de maneira muito carinhosa todos nós da Siobá e os nossos convidados, com um belo café da manhã e posteriormente todos reunidos para o ajeum.
Na oportunidade também houve a inauguração da Praça D'Osum, um espaço dedicado à matriarca da casa a Yalorisá Isolina Atayde Bispo. Que passa a ser  mais uma maneira de registrar e reconhecer a importância desta Yá para todos do Omin Dolá e para os demais adeptos de nossa ancestralidade.
Julio Braga, antropólogo, babalorisá, escritor e professor universitário foi o responsável pela grande e enriquecedora explanação acerca da contribuição da cultura Nagô na formação do Candomblé no Brasil. Durante sua fala compartilhou experiências vividas no período de 10 anos quando morou em cidade do continente africano.
Também o evento foi agraciado pela presença do reeleito vereador Sílvio Humberto. Economista, professor universitário da UEFS um dos fundadores do Instituto Cultural Steve Biko, organização que hoje é uma referência nacional e internacional na promoção educacional de jovens negros e negras e que contribuiu para o ingresso de milhares de jovens nas universidades
A Irmandade Religiosa e Beneficente de Ojés Ogãs e Tatas – SIOBÁ é uma entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos, com as finalidades de honrar, defender e preservar os interesses e fundamentos das religiões de origem africana, a exemplo dos Terreiros de Candomblés e outras denominações religiosas que cultuam Eguns, Orixás, Inquices, Voduns, Caboclos e outros Encantados do rico panteão afro-brasileiro, fundada na cidade de Salvador – Bahia, em 15 de setembro de 2004.
Na frente da coordenação da Irmandade são 12 homens que representam os doze ministros de Xangô. A corte do rei Xangô e seus 12 ministros homens de confiança reis de várias regiões africanas que em decorrência de terras conquistadas por Xangô, em vez de Xangô aprisioná-los ou escravizá-los; os fez consultores imediatos de suas decisões em seu reino. 12 homens com sabedoria ímpar.


Ivana flores

Bibliografia: Tancredo da Silva Pinto