27 de dezembro de 2012
Ogan Pai ou Ogan Estrela?
Hoje observo, sobretudo no Sudeste, um acentuado processo de degradação no que concerne a história e importância dos Ogans, nas Sociedades Religiosas. Após ter criado esse Blog, muitas pessoas me pedem para falar um pouco sobre postura dos Ogans e o verdadeiro papel dos mesmos. Quando os indago a razão desse interesse, em sua maioria afirmam estarem descontentes com seus próprios Ogans, com a forma a qual se manifestam nas Sociedades Religiosas.
Perguntei a essas pessoas quais as atitudes motivaram todo esse descontentamento e, para minha surpresa (ou não), a resposta mais incidente foi justamente a “falta de atitude” dos Ogans.
Sacerdotes com os quais conversei, relataram que de alguns anos para cá, os Ogans simplesmente deixaram de serem Ogans. Comentaram que no passado, tinha no Ogan, a figura de uma pessoa que não somente cantava ou tocava para os Òrìsàs, mas sim, principalmente, Sacerdotes que zelavam pelos Deuses, pela casa e pelos seus respectivos sacerdotes.
Diante desses comentários refleti sobre o tema e sobre minhas lembranças mais remotas tangentes a figura dos Ogans. Deixando de lado as memórias relacionadas a música, que obviamente sempre me despertou de forma latente, lembrei-me de alguns fatos, que me fizeram ter tanta admiração pela figura do “Ogan”, mesmo antes de ser um.
Lembrei-me de uma ocasião, na casa de minha avó Célia em Salvador. Eu deveria ter uns 9 ou 10 anos no máximo. Na semana da festa (não lembro qual), um grupo de Ogans saiu logo pela manhã para colher folhas, mesmo eu sem ser iniciado, acabei indo, pois minha avó Célia, mandou que eu fosse acompanhá-los.
Saímos da roça, em Parípe e, fomos à uma mata próxima, voltamos com uma infinidade de folhas que seriam usadas para diversas finalidades. Ao chegar à roça, o grupo fora dividido, alguns foram “quinar” as folhas, outro foi podar umas árvores que haviam passado a cumeeira e alguns foram trocar umas telhas que quebraram.
No outro dia, após o Oro, aqueles mesmos Ogans estavam divididos, alguns desossando o Obuko, outros tratando de encourar os atabaques, outros levando algumas obrigações para a mata, etc.
Engraçado que esses mesmos Ogans, eram virtuosos no barracão, cantavam, tocavam, etc. Todos eles, sem exceção, eram chamados por todos de “Pai”, “Meu Pai Ogan”. À época, pensei que a razão que conferia aos mesmos o “status” e respeito para serem chamados de “PAI”, seria o fato de serem Ogans. Afinal Ogan é Pai, não?. Com o passar do tempo, descobri que estava errado.
Aqueles Pais, não eram respeitados dessa forma por serem Ogans, mas sim, por aquilo que eles faziam. Afinal, por exemplo, uma antiga egbon-mi estava chamando de pai, um novo Ogan não por ele ser Ogan, mas pelo fato dele ter arrumado a telha do quarto do santo dela, zelando pela divindade que lhe rege a cabeça, ou por ter pego as folhas que foram utilizadas para seu Òrìsà, para seu banho.
Quantas vezes ouvi antigas egbon-mi dizerem: Meu Pai Ogan “fulano de tal” cortava para o meu santo! Meu Pai “fulano de tal” limpou o Obuko da minha feitura....Fez meu “prefuré”.
Corrobora a ideia de o Ogan ser Pai não por ser Ogan, mas por aquilo que ele faz, diversas histórias que cercam os maiores Ogans da Bahia.
Em uma entrevista, Mãe Cidália de Iroko comenta que: “Poxa, meu Pai Vadinho, como ele cuidava da roça, você já prestou atenção pra ver que o barracão do Gantois não tem muro pra cercar ele? Que é na rua? Pois é, Vadinho, Pai Preto, Amorzinho, eles cuidavam da roça, ninguém se metia a besta lá não, nem precisava ter muro”.
Na pequena passagem comentada por mãe Cidália, ela não fala da virtuosidade de Vadinho em ser o maior dobrador de Hun da Bahia, ou do conhecimento da língua Yoruba de Amorzinho, mas sim, o fato deles salvaguardarem o terreiro do Gantois.
Há relatos que discorrem que a construção do antigo barracão do Gantois, ocorreu com a ajuda, não financeira, mas braçal dos Ogans, que juntos com seu Álvaro (marido de Mãe Menininha), levantaram aquelas paredes.
Vejamos, por exemplo, a importância Social dos Obas do Opo Afonjá, Ogans que mais que sacerdotes espirituais, tiveram e têm a missão de zelar pela Sociedade Civil daquele Candomblé, conferindo-lhes o status de Pai.
Outro exemplo, louvável, refere-se ao venerável Antônio Agnelo Pereira, saudoso Pai Elemoso da Casa Branca do Engenho Velho (que merece um post sobre sua história). O Elemoso Agnelo foi de importância sem igual, para que o Ile Ase Iya Naso Oka tivesse novamente sobre sua posse, o terreno que hoje fica o barco de Ósun, mas que estava sendo explorado por um posto de gasolina.
Mas por que então, há o processo de degradação?
Em parte, isso se deve aos próprios Babalorisas e Iyalorisas que conferiram aos Ogans (nesse caso, aos que cantam e tocam) um status de “estrela” e não de Ogans. Quando aparece em uma casa, um Ogan que toca ou canta bem, ele passa a ser estrela naquela casa, estrela essa como já dito, conferida pelo seu sacerdote.
Nesse caso, para que ele vai aprender como tirar as costelas do Obuko, ou que folha pegar para o seu santo? Estrela não faz isso! Os Ogans estrelas, geralmente não conhecem seu Òrìsà, pois jamais deram Osé nele, os Ogans estrelas não sabem onde se costuma levar os ebós da sua casa, pois ele nunca fez isso. O maior trabalho desse tipo de Ogan é trocar fitas de Candomblé, não importa de quem, o importante é ter centenas de fitas, de diversas casas, afinal, para ele pouco importa a tradição de cânticos ou toques de sua casa, o que importa é calar o barracão, enunciando uma cantiga que somente ele conhece, geralmente sem nada ter haver com o seu Asè.
Nesse processo de enaltecimento do Ogan estrela, o Ogan de verdade, aquele que arruma o telhado, que limpa o bode, que pega a folha para onde vai? Ele vai para a igreja, buscar alguém que olhe e ore por ele, sendo que para esse, nos Candomblés não há espaço....
Como mudar? Como reverter esse processo de degradação quase que terminal que vivemos hoje? Fácil, os Babalorisas e Iyalorisas devem mudar de postura frente aos seus Ogans.
Devem principalmente, se libertarem. Exemplifico, há casas em que há somente um Ogan que toca ou que canta! Pronto se o Babalorisa não se libertar deste, será seu refém a vida inteira!
Ensine as crianças, elas serão os Pais da sua casa! Não centralize, mesmo que tenha um Ogan que cante ou que toque na sua casa, incentive os novos (DA SUA CASA) a fazer o mesmo!
Ensine a importância de uma Màrìwò desfiado, de como arriar os Asès do Obuko frente ao Òrìsà, a importância de conhecer e de como se colher as folhas dos Òrìsàs.
Converse com seus Ogans. Os Ogan precisam saber que Candomblé não é somente cantigas e atabaque e que o papel e função dos Ogans não se restringe a isso. Palestre aos seus filhos, retome as histórias de antigamente!
Aqui, deixo meus respeitos àqueles grandes Pais Ogans, que vão à mata retirar a folha do Igi Ope para transformar em mariwo, aqueles que sabem entregar um carrego, aqueles que consertam as telhas das casas dos Orisas, aqueles que podam as árvores das roças, que tiram as folhas, aqueles que lutam para a manutenção e defesa da sua casa, enfim, meu respeito aos Pais Ogans.
Vinicius
(mensagem extraída do http://www.oganvinicius.blogspot.com/).
Povos de Terreiro ganham primeiro espaço para venda de produtos
Promover a geração de renda e a valorização da cultura das religiões de matriz africana é a principal proposta do Espaço Mauanda – arte, moda e cultura afro, que será inaugurado no próximo dia 27, em Lauro de Freitas, Bahia. A iniciativa do Governo do Estado da Bahia, por meio do Programa Vida Melhor-Urbano da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), sob coordenação da Casa Civil, vai proporcionar a comercialização da produção de vestuário, artesanato, souvenires e artefatos para decoração elaborados por religiosos dos terreiros de candomblé de Salvador e Região Metropolitana.
O secretário da Casa Civil, Rui Costa, responsável pela coordenação geral do Vida Melhor, ressalta que a partir da inclusão produtiva é possível trazer para o comércio um produto de grande valor agregado. “O fato de o aporte cultural dos povos de terreiro se reverter em benefício para a própria comunidade nos faz ter muito orgulho da ação que estamos realizando."
Para o coordenador executivo do Vida Melhor-Urbano, Ailton Florêncio, a ação valoriza as atividades desse segmento da população, além de proporcionar a geração de trabalho e renda das famílias. “O espaço vai divulgar o trabalho feito por essas comunidades, gerar sustentabilidade econômica para a atividade artesanal, além de agregar terreiros de todo o estado”.
Incentivo
O Espaço Mauanda integra uma série de ações do Vida Melhor-Urbano, iniciadas em 2011, que fortalecem a produção e comercialização dos Povos de Terreiro. Em novembro, o Espaço Vida Melhor expôs, no Aeroporto Internacional de Salvador, artefatos culturais produzidos por participantes da Rede Mauanda Bankoma. A iniciativa fez parte da programação do Encontro Ibero-Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI). Neste mesmo ano, o governo entregou 12 máquinas de costura para o Terreiro de São Jorge Filho da Gomeia, no bairro de Portão, em Lauro de Freitas.
Em outubro deste ano, um kit com 12 equipamentos de costura profissional foi entregue para o Espaço Vovó Conceição Terreiro – sediado no Ilê Axé Iyá Nassô Oká (Terreiro da Casa Branca), a fim de melhorar as ações realizadas para a fabricação de vestimentas para religiosos de Matriz Africana de Salvador.
No último dia 14, foi realizado na Praça de Oxum do Terreiro da Casa Branca, o Desfile de Moda e Arte nos Terreiros - Cultura e Empreendedorismo Familiar 2012. Artigos como pano da costa, souvenires, torços, bijouterias e outros, confeccionados por religiosos de 17 terreiros de Salvador e Lauro de Freitas, foram os destaques do evento.
Serviço
Inauguração do Espaço Mauanda.
Quando: dia 27/12, às 16h.
Onde: Espaço Mauanda - Avenida Luiz Tarquínio, nº3324, Lauro de Freitas (ao lado do Corpo de Bombeiros) - Bahia.
Fonte: Seppir
20 de dezembro de 2012
ONU Aprova Década do Afrodescendente a partir de 2013
O ano de 2013 pode marcar o início de um período de aprofundamento do debate sobre os direitos da população afrodescendente. A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução contra o racismo e a discriminação racial e propondo o período de 2013 a 2022 como a Década do Afrodescendente. O documento ainda precisa ser ratificado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas para que a década seja oficialmente proclamada.
A Resolução contra o Racismo e a Discriminação Racial foi aprovada no final de novembro por 127 a 6 (Austrália, Canadá, Israel, Estados Unidos, Ilhas Marshall e República Tcheca) e 47 abstenções. O texto solicita que o presidente da Assembleia-Geral abra processo preparatório informal de consultas intergovernamentais com vistas à proclamação da década, cujo título é Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento.
“A resolução aprovada pede que se inicie um processo de interlocução com os países-membros, visando discutir a implantação da década. Ela também é importante porque dá mais visibilidade ao tema nos fóruns internacionais, o que faz com que os países-membros da ONU comecem a dar importância à temática”, explica o assessor internacional da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), diplomata Albino Proli. A Assessoria Internacional da secretaria colaborou significativamente no processo de negociação do texto.
Proli destaca que a resolução também recomenda aos 192 países-membros diretrizes políticas para atender às demandas da população negra no mundo. “A resolução reafirma os propósitos de combate ao racismo e promoção da igualdade racial em nível mundial, já firmados na 3ª Conferencia Mundial contra o Racismo, a Xenofobia, a Discriminação Racial e Intolerância Correlata, que aconteceu em Durban no ano de 2001”.
O diplomata explica que a ideia da década surgiu dos movimentos sociais negros e que o processo se intensificou depois da Cúpula Ibero-americana de Alto Nível em Comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes, em Salvador, no final de 2011. “Houve uma interlocução com os movimentos e na Declaração de Salvador consta o apoio à realização de uma Década Afrodescendente.”
O Brasil é o país do mundo com o maior número de afrodescendentes, equivalente a 100 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010. Proli destaca que o governo brasileiro participou da elaboração da resolução e propôs a criação de um observatório de dados estatísticos sobre afrodescendentes na América no Sul e no Caribe e a criação de um fundo ibero-americano em benefício dos afrodescendentes.
A expectativa é que a proclamação da Década Afrodescendente contribua para a criação de um fórum permanente sobre essa população que seja criada uma Declaração Universal dos Direitos dos Povos Afrodescendentes. “Anos atrás, quando a ONU decretou a Década dos Povos Indígenas houve uma série de atividades e debates que resultaram na criação do fórum permanente dos povos indígenas e a criação da Declaração Universal dos Povos Indígenas,” observa Proli.
14 de dezembro de 2012
12 de dezembro de 2012
7 de dezembro de 2012
CONVITE (RODA DE TERREIROS)
CONVITE (RODA DE TERREIROS)
A IRMANDADE SIOBÁ E O ILÈ ASÉ OBA ODO OMIN TEM A HONRA DE CONVIDA-LOS PARA O EVENTO RODA DE TERREIROS.
DATA: 09 de DEZEMBRO/2012
HORÁRIO: AS 9H
LOCAL: ILÈ aSÉ OBA ODO OMIN- Jauape I, Caminho 06, Nº 36 (Cajazeiras). Ponto Referencia- Rua ao lado da maternidade Albert Sabin.
A IRMANDADE SIOBÁ E O ILÈ ASÉ OBA ODO OMIN TEM A HONRA DE CONVIDA-LOS PARA O EVENTO RODA DE TERREIROS.
DATA: 09 de DEZEMBRO/2012
HORÁRIO: AS 9H
LOCAL: ILÈ aSÉ OBA ODO OMIN- Jauape I, Caminho 06, Nº 36 (Cajazeiras). Ponto Referencia- Rua ao lado da maternidade Albert Sabin.
5 de dezembro de 2012
Reunião sobre terreiro de candomblé termina sem acordo em Salvador
Terminou sem acordo a reunião entre representantes do terreiro de candomblé Ilê Axé Ayrá Izô e familiares do proprietário do terreno onde a casa religiosa funciona. O encontro foi realizado nesta terça-feira (4), no fórum Ruy Barbosa, em Salvador, com o objetivo chegar a um acordo sobre a propriedade da área, disputada judicialmente desde 1992.
Segundo o advogado do terreiro, Paulo Asper, embora não tenha sido encontrada solução para o caso, o juiz que participou da reunião teria garantido que o local não será desocupado até, pelo menos, domingo (9).
“Foi uma reunião em que o juiz se propôs a fazer com que as partes tentassem se entender. Não houve conversa sobre os autos. Não houve acordo, não mudou nada na situação. Os representantes da dona [do terreno] disseram que não há interesse em fazer qualquer tipo de acordo e o juiz nos garantiu que não vai cumprir a sentença, ou seja, o mandado de desocupação nessa semana”, afirmou.
Asper afirma que continua o trabalho para que o terreiro não seja desocupado. “Nós continuamos a busca por uma solução antes que o mandato seja cumprido. Estamos buscando o tombamento emergencial, esperando a manifestação do Ministério Público, que provavelmente deve entrar com uma ação”.
O babalorixá Franklin Santos disse que tinha esperanças de acordo, o que não aconteceu. “Tentamos a venda do imóvel ou o aluguel. Ela não quer. Ele [o juiz] nos deu um prazo para essa conversa com ela, que aconteceu entre os advogados. Temos que esperar até domingo, porque segunda-feira [10] já tem o mandado de reintegração de posse”, lamentou. O G1 não conseguiu contato com o advogado da dona do terreno. Entidades de defesa da cultura nega devem se reunir na segunda-feira (10).
Processo
O grupo de adeptos do candomblé teme o cumprimento da determinação judicial que, segundo eles, autoriza a tomada da posse do terreno onde funciona a casa de candomblé no bairro de Campinas de Brotas, em Salvador.
O grupo de adeptos do candomblé teme o cumprimento da determinação judicial que, segundo eles, autoriza a tomada da posse do terreno onde funciona a casa de candomblé no bairro de Campinas de Brotas, em Salvador.
Os religiosos contam que uma disputa judicial pelo terreno foi iniciada em 1992 entre familiares do proprietário e os representantes do terreiro. O babalorixá Franklin Santos diz que o terreno foi doado verbalmente para a mãe dele.
“Há muitos anos, cerca de 50 anos, o pai dessa pessoa [que iniciou o processo na Justiça], devido a graças alcançadas com o caboclo da casa, deu a casa à minha mãe. Em 1992, após a morte do pai, ela entrou na Justiça pedindo a posse do terreno”, lembrou o babalorixá.
“Há muitos anos, cerca de 50 anos, o pai dessa pessoa [que iniciou o processo na Justiça], devido a graças alcançadas com o caboclo da casa, deu a casa à minha mãe. Em 1992, após a morte do pai, ela entrou na Justiça pedindo a posse do terreno”, lembrou o babalorixá.
Segundo os representantes do terreiro, o processo correu na Justiça sem que fosse citado que no local havia um templo religioso. “Em nenhum momento foi alegado que se tratava de uma casa religiosa. Isso nunca foi objeto de discussão no processo. A discussão jurídica não é dentro deste processo, ele é tecnicamente correto, não há discriminação e não podemos dizer que a decisão foi injusta”, explicou o advogado e frequentador do terreiro, Paulo Esper.
O advogado destaca, entretanto, que o Brasil é um estado laico, onde não existe religião oficial, e a prática e lugar de culto de qualquer religião são protegidos pela legislação. “Foram acionados a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e o Ministério Público na tentativa de proteger esse bem de interesse público”, disse Esper.
Os frequentadores do terreiro temem que uma demolição ocorra a qualquer momento. “O mandado é de posse, mas uma vez cumprido, a proprietária pode fazer o que quiser com a casa”, explicou o advogado.
Fonte: G1
3 de dezembro de 2012
2ª Caminhada “Liberdade e Respeito Religioso”
A Associação de Terreiros da Liberdade e Adjacências – Egbé Axé realiza no próximo domingo (16/12), às 8hs , com saída no Largo da Lapinha , a sua II Caminhada pela Liberdade e Respeito Religioso em Salvador. Criado em 2011 , a Associação de Terreiros da Liberdade e Adjacências – Egbé Axé completa um ano de existência fazendo diferença no bairro da Liberdade com cerca de 220 entidades religiosas de matriz africana já associadas e é dirigida pela Yalorixá Diana de Oxum , neta do Gantois.
A associação encerra o ano de 2012 com um ciclo de atividades significativas para as mulheres , jovens e crianças do axé dentro de um dos bairros mais negros da capital baiana – a Liberdade. O objetivo é levar aos terreiros associados ao Egbé Axé os mais diversificados cursos de capacitação e qualificação profissonal para que estas mesmos associados (mulheres , jovens e crianças) sejam multiplicadores de seus direitos previstos por lei dentro de seus terreiros.
Tendo como principais ações afirmativas a realização de seminários , encontros , cursos e ciclo de palestras para o fortalecimento do papel da mulher de axé na sociedade e a qualificação profissional dos seus filhos de santo , o Egbé Axé tem atualmente parceiros como a Prefeitura Municipal de Salvador , através da Secretaria Municipal da Reparação (SEMUR) , a Superintendência de Políticas para Mulheres de Salvador (SPM) , o Instituto Odara , a Rede de Mulheres pelo Fortalecimento de Políticas e Controle Social em Salvador , o Serviço Social do Comércio (SESC – Ba), Coordenadoria Ecumênica de Serviço em Salvador (CESE) , Assessoria de Promoção da Equidade Racial em Saúde - ASPERS, além de empresários do comércio local como a Loja Moda Africana , Madá Negrif , Presente de Mulher , Belezza Black entre outros.
Certos de que a qualificação através da educação é o remédio mais forte no combate a Intolerância Religiosa e a Violência contra as mulheres , jovens e crianças moradoras de Salvador , o Egbé Axé espera por vocês , vestidos de branco,neste segundo ano de luta em prol dos direitos do povo de santo em Salvador.
Serviço:
II Caminhada pela Liberdade e Respeito Religioso do bairro da Liberdade
Dia 16/12 às 8hs
Onde :Saída do Largo da Lapinha até o bairro Guarani
Quem : Todo o Povo de Santo Salvador e Terreiros Associados Egbé Axé
Fonte: MONICA AGUIAR
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